sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cordão de prata

Abro a fechadura. Solto minha imaginação.
Permito que a voe pra longe, por entre espaços vazios.
Cordão de prata que vagueia. Pássaro louco que voa.
Bate na parede e volta ao seu eixo.
Me concentro  no ponto, no âmago, fonte central.
Azul turqueza ainda me traz conforto.
Volto no tempo. Indefinido.
Infância, tempos idos e também ausência.
Simbologias arcaicas, inconsciente, nuvens e tentativas.
Busco explicações, mas não acho, não entendo. Apenas
sinto e existo. E respiro.
O nada que é tudo, a ausência que se faz presente, a dor que vicia
e o erro permanente.

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