Mergulhada em coincidências bizarras, tento inutilmente recapitular os sentidos que norteiam a mim, a tudo e a todos. De nomes a sentimentos intensos, tomo conhecimento de um real sentido sutil e invisível por trás dessa cortina toda de nuvens. Redes que se intrelaçam fazendo parecer-me uma boba vivendo de coincidencias e repeticoes, porém fazendo da vida uma peça de teatro encantadora e deslumbrante.
Cada um que passa por nossa vida, não vem sozinho. E não nos deixa sozinhos. Troca contínua de fluídos, de tempos passados, presentes e futuros. Tudo junto e misturado.
O tempo presente não é só presente e nem está vagando pelo espaço isento de sentidos. Pelo contrário, Recheado de sentidos e de possibilidades muitas e infinitas, ele interage com o passado e com o futuro a se desenhar no horizonte. Somos todos membros de uma história sem fim chamado existência. Mirando aquele ponto no infinito, vamos caminhando sem nos darmos conta de tamanha beleza ao nosso dispor. Como diria Paulo Leminski, distraídos venceremos. Eu poderia ser mais pessimista e terminar o texto dizendo poéticamente que continuo, fatalmente, mergulhada em uma banheira de letras sem sentido, sem sequer entender metade da missa. Mas pude optar pelo otimismo, acreditando que a estrada nao acabou, que estamos todos juntos, interligados, seja na matéria ou não. Não existe solidão, a não ser aquela como opção. A estrada continua, deve haver algum ponto de chegada, caminhemos RETOS, como irmãos, braços dados ou não. Encerro meu texto me questionando sobre a importância de uma contínua alimentação da alma, seja através de orações, de poesia, arte ou de bons amigos. Alimente-se de arte para não morrer de vazio. Não aceite o pouco ou o médio. Tenha metas grandes e se afaste de tudo o que atrapalha a vida. Era simples e eu não via.
Caminhe e caminhemos.
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