Ramificado, Ramiro prometeu o que jamais cumprira a Dona Raimunda sua mãe:
Ser um homem de palavra.
Pois, filosofando entre tintas frescas de concretismo pós-modernos,
contentou-se em ser apenas mais um ramo da rama ramificada.
Palavras não traduzem, palavras reluzem.
E tudo aquilo que não é feito de material concreto,
perde-se por estrófes não-pagas de
amarelos sorrisos envaidecidos:
a cada esquina, uma nova mentira.
a cada esquina, um novo ramo.
Viver é pros raivosos.
Tapa na cara que vira sangue,
albergue que vira moita
e choro que vira arroto.
para os invencivelmente
descontentes
deixo
minhas lástimas
para
um
mundo
de verdadeiras
mentiras ensaiadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário