quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sobre a verdade

Não há verdade ,nesse mundo, que seja tão incontestável a ponto de não passar por uma verdadeira revisão de valores quando o relógio marca horas tardes. Encostada em meu travesseiro, nem dormindo, nem acordada, tenho por hábito (inconsciente) revisar todas as minhas verdades e conceitos até então alimentados como dogmas. Nessas horas tardes, quando não há luz que atrapalhe a real visão, minha mente trabalha de uma maneira diferente. Despida de qualquer vício ou apegos, ela vasculha ambientes muitas vezes por mim ignorados. Busca assuntos por mim muitas vezes esquecidos.
Numa velocidade rápida, como a da luz das estrelas quando percorre o espaço até atingir nossas retinas, ela, a minha mente, dá verdadeiros saltos filosóficos em busca da verdade cristalina. Lapidando meus conceitos, vou aperfeiçoando meus olhos e olhares ante o mundo e enxergando a realidade sob um novo prisma. Um simples tom azul, sob este meu novo prisma, pode adotar novas colorações. Uma simples nota musical pode também adotar novos sons e ruídos.
Como uma andorinha curiosa, enfio-me em becos novos, novos e fundamentais atalhos. Passeio pela relatividades das coisas fazendo uso de uma racionalidade apurada e entendo que, enfim, verdades cem por cento verdadeiras não existem e que estão sempre em constantes e progressivas contestações mutáveis.

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