segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em segredo

Sinto saudades de tudo aquilo que me prometera
e que jamais cumprira.
Saudades de uma bebida açucarada,
talvez com gosto de cereja com anis
que eu jamais derramara.
Mel e doçura desperdiçados ao acaso.
Te quis e te precisei mais do que meu próprio ar.
Você foi meu ar, minha vazão e minha escravidão.
Foi meu suor, meu trabalho árduo,
minha lavoura dos sonhos.
Você foi meu tremido de inverno,
minha planta seca de outono
e meu broto de primavera.
Você foi tudo e mais um pouco.
Meu homem e desbravador.
Leito e roncador.
Você foi meu amor,
minha dor e minha flor.

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