sexta-feira, 8 de julho de 2011

Asas da liberdade

Um frio quase alemão, coração na mão.
Acordo num sobressalto, um pulo, um susto, um apagão.
Levanto, acordo, não sei bem onde estou.
Acordada? Dormindo? Anestesiada?
Me sinto em transe. Volto a dormir.
Minha alma dança descompassadamente.
Vago por entre espaços vazios,
pequenos caminhos, túneis,celas, dimensões paralelas
Busco sentidos
Ouço ecos e mais ecos...
Nada.
Nada mais existe. Apenas eu mesma e algumas migalhas que não me servem mais.
Andar cansa.. Preciso de asas, asas de ouro, indestrutíveis
Asas da liberdade
Preciso de inspirações
Pessoas não me inspiram mais.
Quero deuses, semi-deuses, quero perfeição, quero cor, luz,dourado, movimentos harmônicos.
Viver do erro é o caminho mais fácil. Viver da escuridão é o normal.
Mas preciso e mereço mais.
Criar corpo, alma, casca e coração.
Então eu me crio e me recrio. Eu sou o deus em mim mesma.
Posso ser boa, posso ser má. Posso ser amiga e posso ser inimiga.
Posso escolher o bom e posso escolher a ilusão.

Então eu desço. E me recrio.
E subo, busco inspirações.
E continuo neste eterno ciclo labiríntico sem fim
que se chama matéria.
Quero asas, liberdade, compaixão.
Asas eu tenho.
E vôo...

2 comentários:

  1. Lindo! A forma que vc descreve dá pra sentir a agonia no início... o movimento, que parece dar força! Gostei muito!

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