Acordo num sobressalto, um pulo, um susto, um apagão.
Levanto, acordo, não sei bem onde estou.
Acordada? Dormindo? Anestesiada?
Me sinto em transe. Volto a dormir.
Minha alma dança descompassadamente.
Vago por entre espaços vazios,
pequenos caminhos, túneis,celas, dimensões paralelas
Busco sentidos
Ouço ecos e mais ecos...
Nada.
Nada mais existe. Apenas eu mesma e algumas migalhas que não me servem mais.
Andar cansa.. Preciso de asas, asas de ouro, indestrutíveis
Asas da liberdade
Preciso de inspirações
Pessoas não me inspiram mais.
Quero deuses, semi-deuses, quero perfeição, quero cor, luz,dourado, movimentos harmônicos.
Viver do erro é o caminho mais fácil. Viver da escuridão é o normal.
Mas preciso e mereço mais.
Criar corpo, alma, casca e coração.
Então eu me crio e me recrio. Eu sou o deus em mim mesma.
Posso ser boa, posso ser má. Posso ser amiga e posso ser inimiga.
Posso escolher o bom e posso escolher a ilusão.
Então eu desço. E me recrio.
E subo, busco inspirações.
E continuo neste eterno ciclo labiríntico sem fim
que se chama matéria.
Quero asas, liberdade, compaixão.
Asas eu tenho.
E vôo...
Lindo! A forma que vc descreve dá pra sentir a agonia no início... o movimento, que parece dar força! Gostei muito!
ResponderExcluir:) Obrigada!
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