Experimentações alquímicas de uma inteligência suprema?
O caos parece desordenado, porém dentro de tanta desordem, há também alguma ordem que
a tudo ordena.
Dança magnética.
Somos diferentes, somos muitos, porém somos todos parte de um mesmo todo, um útero
universal e generoso. Que tudo dá e pouco espera.
Somos parecidos.
Navegar é preciso, estender as mãos também.
Uma mão lava a outra.
Que será de mim sem você e vice-versa?
Voltando à minha individualidade, ao meu eu apenas meu e de mais ninguém, me pergunto quem sou eu.
Quem sou eu?
Na melhor das hipóteses, sou um pouco do todo, de tudo, uma alma que também sabe ser bonita,
que procura se enfeitar e distribuir flores aos navegantes.
Sou um gato curioso, que se enfia em becos sem saída, que busca brechas
pra espiar o alheio. Pequenas fechaduras, olhares e alguns tapas que recebo.
A curiosidade não matou o gato, mas deixou algumas marcas.
Volto a mim mesma.
Sou um prisma que recebe luz e a decompõe. Cores da magia.
Sou um jogo de espelhos. Reflito sempre a mim mesma.
Sou eco e escuro. Eterna solidão em busca de companhias e interações.
Sei dançar, sei apreciar o externo, sei sorrir e agradar, porém continuo sendo vazio
sendo apenas eu e eco, e infinito e solidão.
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