terça-feira, 29 de novembro de 2011

24

Um dia emprestei minha alma e fui cobrada anos depois.
Esperam de mim o que eu já nem lembro mais de ter sido.
Esperaram gatos e tiveram lebres.
Quiseram risos e tiveram mijos.
Ora, eu, no alto dos meus 24,
trepada no alto do Edifício Master,
vos digo:
Tenho casa, comida e roupa lavada.
Eu canto pros surdos,
leio pros cegos e me regojiso
a estrófes atmosfericas.
Sento na rua, falo em voz alta,
furo a bunda em espetos
e quero mais é que se foda.
Minha vitrola canta pra mim.
Espeto de pau, burla burlada,
remédio que não remedia.
E sente a bunda
QUE LÁ VEM HISTÓRIA!

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