Se um dia um homem eu tiver vou querer que me trate
por senhora. Senhora de seus destinos.
Vou querer que me tema em dias de fúria
e vou querer que me ame em dias de deserto.
Tem que saber me amar com profundidade
kilometrica, ensaiando gestos de pequenas piscininhas.
Sou passarinha maluca, preciso de cuidados
quando o riso estanca, quando a boca arde.
Fogacidades métricas, azulejos envaidecidos.
Seja homem e seja meu. Brincar de amor
tenro e descontrolado.
Internet será proibida, politicagens também.
Homem que é meu é meu e da minha sombra,
do meu passado, presente e futuro.
Bicho ordenado, amores bastardos,
cataclismas amordaçados.
Namorei alguns. Nenhum me valeu de porra nenhuma.
Gosto do que não tenho. Desejo o que não existe.
Cobra mansa que dá no pé, percevejo amigo ateu.
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