sábado, 26 de novembro de 2011

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Descobri que pra ser poeta é preciso mais, um pouco mais de ousadia e calor humano.
Descobri que falar por falar me levou à jaula dos leões.
Poeta que é poeta é o cara que chuta com vontade chutar, que beija com vontade de beijar.
Usar a fraqueza contra a força de uns é perda. Usa a força contra a fraqueza de outros é covardia. Ser poeta é ser bruxa, mãe, esposa, irmã, Lilith. É tentar dar conta a
té do que você não dá. Ser poeta é fingir alegria quando tudo o que você mais quer é se arrebentar inteira. Ser poeta é se orgulhar de cada erro seu e na boca escancarada da morte ainda ser capaz de sorrir.
Aturar choro da vizinhança não é pra mim, Alice. Pra você eu desejo algo que eu não sei o nome. Não brinco de amores. Brinco de verdades. Da verdade eu vim, nasci, morri e morrerei quantas vezes mais for preciso. Ser poeta é não temer nem o próprio espelho. É ser imbecil e ainda sim pintar a cara e rodopiar pelos quatro ventos da cidade. Amores comprados nunca me interessaram. Brincar de casinha não é pra mim. Ponto final. A ALEGRIA é pros que merecem e nada mais.

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